Moisés Lima

CIDADANIA em declínio

Passaram-se milhares de anos desde que o homo sapiens estabeleceu a sua autonomia e avançou em sua jornada de descobertas e aventuras, em sempre conquistar e se estabelecer como um ser dominador e representativo nas sociedades. O pensar sobre o domínio do homem sobre sua espécie e outras espécies, é algo a ser pensado.  

O domínio só pode ser estabelecido quando: o indivíduo que está sendo dominado tem a passividade de aceitar tal opressão e com seu consentimento ser subserviente a esta ordem de fatores dominantes, mas vemos também que o indivíduo pode ser dominado e não gostar desse domínio mas mesmo assim vem a obedecer, e já no terceiro caso há aquele que não aceita ser dominado e se rebela a esse dominador, então vemos aí que o ser dominar outro, pode ser coercitivo ou não, tudo vai depender de quem está sendo dominado vai  reagir ou vai se curvar a essa ordem de fator dominante de indivíduo para indivíduo.

O termo cidadania vem de ter direito à propriedade, à vida, à liberdade, à igualdade perante a lei, e em suma, é ter os seus direitos civis e gozar dos mesmos. O ponto que quero que estejamos atentos é que, para ter cidadania é preciso ter autonomia de sua existência, e ter consciência do mundo ao seu redor correlacionado com fatores sociais, políticos, culturais e econômicos dentro dessa sociedade em que vivemos.

A cidadania só pode ser exercida se essa massa populacional pensar, discutir, se organizar e agir dentro dessa conjuntura política de ideias, onde só haverá mudança, se o indivíduo souber dessa identidade que ele tem e fazer suas reivindicações e pedir mudanças para a mesma. O ponto do tema CIDADANIA em declínio, é que esse declínio só é aumentado quando vemos uma multidão de indivíduos não querer tomar posse desses direitos e deveres constituídos, e ver essa massa populacional levada à sorte da vida e marginalizados sem saber sua identidade no espaço em que vivem, sendo jogados no limbo,sem ter consciência, sem ter pátria e sem ter gana de vencer na vida, por fatores que estão condicionados muitas das vezes à desigualdade social, complexo de inferioridade e outras condicionantes. 

Para sair desse declínio, o indivíduo deve reagir, e não esperar que o outro irá fazer por ele, mas sim, tentar ter a consciência de que se ele se valorizar e começar a pensar, essa mudança virá gradativamente com o tempo, mas para se ter cidadania é preciso lutar, não é tão fácil, tudo depende de um grau de instrução que o próprio indivíduo tem que se autoexaminar e enxergar o que de fato ele pode contribuir para sua vida e a vida de outros para o bem estar social.

Moisés Batista da Cruz Lima

ARCAICO nazireu 






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